Yskapluntyska

sábado, 30 de dezembro de 2006

Ao Acaso Ao Ocaso

O ocaso, ou no caso, o pôr-do-sol de Campo Grande, essa terra vermelha chamada morena por D. Aquino.

São ocasos colhidos ao acaso, nas voltas que o mundo dá

nas voltas de meu trabalho

às minhas voltas para casa

e eu às voltas com o pensamento






Um pôr-do-sol natural, concorrido pelo artifício do sol do poste, pelo sol da moto, que por acaso não cala meus olhos para novos ocasos









O ocaso da 31 de março, que em tanto ocaso, deixou de sê-la para ser então Fernando Corrêa

Rua da Liberdade

Moro na Liberdade. Não no bairro de colonização nipônica paulistana, mas na rua de mesmo nome

Rua curta, de certa forma. Começa na Sebastião de Lima e vai até a Bandeiras, ou vice-versa, posto que na capital quase todo acesso paralelo é de mão-dupla

Primeira imagem feita com o palm.

A esta, seguirão outras


Moro na Liberdade
do meu lar, do meu quarto
do beijo da morena que me ama
do meu irmão que não pára em casa

Transito pela Liberdade
das esquinas em que os condutores não dão seta
em que a água se empoça nos dias de chuva.
Mesmo de chuva fraca

Ando pela Liberdade
do piso irregular das calçadas
que refletem no cimento a individualidade de meus vizinhos
do asfalto abrasivo onde rolam os pneus de minha bicicleta

Onde meu corpo insiste em ir ao chão
Pelos motoristas que não dão seta
Nas esquinas que empoçam água
No asfalto irregular e nas calçadas
individuais abrasivas
em que minha bicicleta tomba sobre as rodas.